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"A felicidade é a ausência do medo" - Eduardo Punset
Durante toda a expedição, apenas voei com o Nikita, com o Piu e com o Comandante. Por isso, na realidade, não voei com o Carlutxi - call-sign do piloto Carlos Rebello da Silva. Mas tive-o muitas vezes debaixo de olho.
Na primeira perna esteve coladinho à minha janela, desfrutando as paisagens africanas e tirando fotografias.
No aeroporto Sir Seretse Khama em Gabarone, no segundo dia, pensei que voar com o Carlutxi devia ser um grande carnaval. Logo pela manhã, ainda eu não estava bem acordada, já o avião estava em festa e com direito a enfeites especiais e tudo.
Mas à medida que a expedição foi avançando, o semblante do Carlutxi foi mudando e, no fim da expedição, até parecia um trovão.
Pensámos ir a um curandeiro local, logo depois de Gabarone, mas foi o Carlutxi que lhe quis dar mais uma oportunidade.
Só que o Do it Your Xelf foi abusador. Não entendeu a mensagem de confiança. Pensou que a vitória estava no papo e começou uma luta entre máquina e ser humano, convencidíssimo de que ia levar a melhor.
E foi mostrando, dia após dia, que era ele, o Do it Your Xelf, que tinha a última palavra.
Mas enganou-se!
Ainda hoje não sei se foi do mussiro da Ilha do Ibo ou do petisco gourmet, com muitas patas, que comeu em Livingston. Mas, já mesmo no último dia da expedição, o Do it Your Xelf começou com as suas birras. O Carlutxi não foi de modas.
Avisou a malta toda e zás!
Deixou-o morrer na praia.
Ah Leão!
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