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« O MLM nasceu em Maio de 74, na noite do dia em que terminou o julgamento das " Três Marias" (...) "Já tínhamos as duas, eu e a Isabel [Barreno], falado várias vezes da necessidade de fundar um movimento feminista. Naquele dia, ao ver todas aquelas mulheres no tribunal a apoiarem-nos, as feministas estrangeiras que vieram e as portuguesas, a Isabel virou-se para mim, depois da leitura da sentença e disse: " Teresa, está na altura". Marcámos uma reunião para a casa dela nessa noite, com muitas das mulheres que estavam ali na Boa-Hora" (...) "Nos primeiros tempos, a casa de Isabel serviu de sede" »
Jornal Público, 28 de Janeiro de 2006
Fotografía: Maria Teresa Horta Página Oficial no Facebook
14-04-2014, 19H30 | SALA LUÍS DE PINA
CANDIDINHA | O CASO SOGANTAL
duração total da sessão: 79 min
Ação e Intervenção
com a presença de Fernando Matos Silva e João Matos Silva
CANDIDINHA
de António de Macedo
Portugal, 1975 – 24 min
O CASO SOGANTAL
de Cinequipa
Portugal, 1975 – 45 min
CANDIDINHA documenta as movimentações no famoso atelier de alta-costura Lisboeta, Candidinha. Com a fuga dos sócios gerentes, as trabalhadoras ocuparam as instalações no verão de 1975 procurando encarregar-se da produção e respetiva distribuição.
O CASO SOGANTAL é um trabalho da Cinequipa com realização não creditada de Fernando Matos Silva que acompanha o processo de luta das 48 operárias que laboram numa fábrica de confeções situada nos arredores do Montijo. O encerramento é a resposta da administração às suas reivindicações por direitos básicos como o salário mínimo, um mês de férias, respetivo subsídio e décimo terceiro mês.
16-04-2014, 22H00 | SALA LUÍS DE PINA
LÚCIA E CONCEIÇÃO | LIBERDADE É NOME DE MULHER
duração total da sessão: 71 minutos
Ação e Intervenção
com a presença de Fernando Matos Silva
LÚCIA E CONCEIÇÃO
de Cinequipa
Portugal, 1974 – 26 min
LIBERDADE É NOME DE MULHER
de Cinequipa
Portugal, 1974 – 45 min
LÚCIA E CONCEIÇÃO (realização não creditada de Fernando Matos Silva para a série da RTP “Ver e Pensar”) aborda a vida de duas raparigas da aldeia da Maia, nos Açores. Um documento fascinante sobre um Portugal onde ainda não tinha chegado a revolução pois, ao contrário de uma das jovens entrevistadas de outro filme que a Cinequipa fez para a televisão (APANHA DA AZEITONA), Lúcia e Conceição não leram Lenine e não defendem os ideais do PREC. São imagens produzidas para a RTP a partir de um lugar onde a televisão ainda não tinha chegado.
LIBERDADE É NOME DE MULHER encontra-se no extremo oposto pela assertividade com que, no seu início, Maria Antónia Palla disserta sobre o papel das mulheres na revolução. Evocando o título de outra das famosas séries documentais que a Cinequipa produziu para a RTP neste período, e de que fazem parte outros filmes deste programa, (“Nome-Mulher”), o seu centro são os acesos acontecimentos do 28 de setembro. Nas imagens vemos Lisboa repleta de barricadas, reação popular às movimentações da “maioria silenciosa”.
17-04-2014, 22H00 | SALA LUÍS DE PINA
O ABORTO NÃO É UM CRIME | CLÍNICA POPULAR COMUNAL DA COVA DA PIEDADE | EMPREGADAS DOMÉSTICAS (PARA TODO O SERVIÇO)
duração total da sessão: 111 minutos
Ação e Intervenção
com a presença de Fernando Matos Silva, Monique Rutler e Margarida Gil
O ABORTO NÃO É UM CRIME
de Cinequipa
Portugal, 1975 – 45 min
CLÍNICA POPULAR COMUNAL DA COVA DA PIEDADE
EMPREGADAS DOMÉSTICAS (PARA TODO O SERVIÇO)
Portugal, 1975 e 1976 – 33 e 33 min
de Margarida Gil
ABORTO NÃO É UM CRIME incide sobre esta questão, muito discutida logo após a revolução. Dada a polémica que lhe ficou associada, foi o projeto que determinou o fim da série televisiva “Nome-Mulher” e os seus autores acabaram em tribunal, num julgamento onde um fotograma do filme foi usado como prova. Um documentário polémico que retrata uma realidade polémica.
Os dois filmes de Margarida Gil incidem sobre estas e outras questões relacionadas com a vida e os problemas das mulheres portuguesas. O primeiro recebeu um importante prémio em Leipzig. Primeiras exibições na Cinemateca.
Programação completa em: Cinemateca
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