Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Cérebro, Sexo e Liberdade
por CATHERINE VIDAL
29 de MAIO 2014 |INSTITUT FRANÇAIS DU PORTUGAL | 19H00 | Entrada livre
"Com o progresso dos conhecimentos em neurociências, estamos tentados a acreditar que as ideias recebidas sobre as diferenças cerebrais entre as mulheres e os homens foram banidas. Ora, a Comunicação Social e revistas continuam a falar-nos de velhos clichés que pretendem que as mulheres são “naturalmente” faladoras e incapazes de ler um mapa das estradas, enquanto os homens são bons em matemáticas e competitição. Estes discursos deixam crer que as nossas aptidões e as nossas personalidades estão ligadas a estruturas mentais intocáveis. Ora, os progressos de investigação mostram o contrário: o cérebro, graças às suas formidáveis propriedades de plasticidade, fabrica incessamtemente novos circuitos de neurónios em função da aprendizagem e da experiência vivida. Nada é definitivo nos neurónios, seja qual for o sexo e a idade. Rapazes e raparigas, educados de maneira diferente, podem mostrar divergências de funcionamento do cérebro, mas isso não significa que essas diferenças estivessem presentes no cérebro à nascença, nem que elas existam ou lá permaneçam. O objectivo desta conferência é de dar a compreender o papel da biologia mas também a influência do ambiente social e cultural na construção das nossas identidades de mulheres e de homens.
Catherine Vidal e neurobióloga, directora de investigação no Institut Pasteur. Actualmente a sua investigação fundamental incide sobre a morte neuronal na doença de Creuzfeld-Jacob e as infecções por priões.
Catherine Vidal dedica-se igualmente à difusão do conhecimento científico através de publicações, conferências e intervenções na Comunicação social.. O seu interesse concentra-se sobre as ligações entre a ciência e a sociedade e, em particular, o determinismo em biologia, o cérebro e o sexo.
É membro do Instituto Emilie du Chatelet, de ONU Mulheres, da Missão para o lugar das mulheres no CNRS, do Laboratório da Igualdade, da Associação “Mulheres e Ciências” e do comité de Ética do INSERM."
Fonte: Institut Français du Portugal
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.